Frequência de genes associados com o TDAH vem diminuindo na linhagem evolutiva da espécie humana, sugere estudo publicado este ano.
Segundo hipóteses recentes, as características do TDAH que hoje parecem problemáticas, eram na verdade adaptativas no ambiente paleolítico, quando os homens eram nômades caçadores-coletores.
A resposta impulsiva, por exemplo, trazia vantagens para reagir a perigos do ambiente; a dificuldade no autocontrole facilitava o comportamento agressivo nos campos de batalha contra os inimigos; a hiperatividade favorecia a exploração do ambiente, e a “falta de foco” (ou desatenção) na verdade era uma maneira de rapidamente fazer uma varredura em todo ambiente, ao invés de focar em apenas uma parte, para detectar qualquer mudança ao seu redor que podia indicar perigo ou ganhos.
Referência:
Esteller-Cucala et al. (2020). Genomic analysis of the natural history of attention-deficit/hyperactivity disorder using Neanderthal and ancient Homo sapiens samples. Scientific Reports, publicação online.