A história das Funções Executivas que você não conhecia

por Eduardo de Rezende
09 de setembro de 2018

Controle inibitório, memória operacional, flexibilidade cognitiva

As funções executivas (FEs) são habilidades que nos possibilitam manipular mentalmente nossas ideias, adaptarmos-nos de maneira rápida e flexível a mudanças do ambiente, atentar para o futuro e reservamos um tempo para considerar o que fazer em seguida, resistir às tentações e impulsos, manter o foco e enfrentar novos desafios imprevistos.

As FEs, chamadas também de controle executivo ou central executiva, é o mais complexo aspecto da cognição humana, pois tornam possível a capacidade das pessoas de se empenharem em comportamentos orientados a objetivos, planejando, monitorando e regulando diferentes tipos de processos cognitivos, comportamentais, emocionais e, consequentemente, sociais.

Em geral, nosso cérebro evita gastar energia e tende a repetir estratégias e padrões de comportamento já aprendidos de forma automática. Porém, quando as circunstâncias mudam e novos desafios aparecem, precisamos acionar toda maquinaria cerebral de forma controlada, focando nossa atenção, criando novas estratégias e regulando nosso comportamento para conseguirmos resolver o problema. As FEs são, portanto, recrutadas em situações novas e complexas onde o processamento cognitivo controlado se faz necessário, permitindo que a gente ajuste nossas estratégias e comportamentos a mudanças e demandas do ambiente.


Modo automático X Modo controlado

Existem atividades ao longo do nosso dia que são habituais, ou seja, que fazem parte da nossa rotina e que já realizamos incontáveis vezes no passado, como, por exemplo, escovar os dentes, amarrar o cadarço, ir à padaria ou acender o forno. Realizamos essas atividades no "modo automático". Há, por outro lado, aquelas tarefas que não são habituais, ou seja, que fogem da rotina. São situações novas que exigem controle, ou seja, planejamento, julgamento, tomada de decisão, atenção à execução das ações e avaliação dos resultados. Lembre-se, por exemplo, de quando você teve que viajar para uma cidade onde você nunca havia estado antes, ou mesmo quando precisou pegar um ônibus fora de seu trajeto habitual, ou ainda quando aprendia a dirigir ou quando resolveu uma equação na escola pela primeira vez. São situações “novas” como essas que exigem o recrutamento das FEs.

Em outras palavras, as FEs são responsáveis por guiar, dirigir e administrar o pensamento, o comportamento e as emoções em situações novas de resolução de problema, quando novas informações precisam ser assimiladas e processadas, novas estratégias precisam ser formuladas e sequências apropriadas de ação precisam ser estabelecidas, otimizando nossa performance em situações-problema novas e complexas.

São processos essenciais para o processamento de estímulos externos, estabelecimento de estratégias e metas, preparação para ação, e verificação de que esses planos e ações tem sido adequadamente implementados (feedback para regulação do comportamento e, se necessário, reformulação da estratégia).


A evolução do conceito de Funções Executivas

A origem do conceito pode ser situada há mais de 100 anos atrás nos esforços iniciais de neurocientistas para entender as funções do lobo frontal do cérebro, mais especificamente do chamado córtex pré-frontal. Ainda hoje a descrição da atividade do pré-frontal está intimamente ligada ao conceito de “cérebro executivo”. O psicólogo soviético Alexander Luria é lembrado por sua contribuição para o estudo das funções neurológicas. Ele identificou os lobos frontais como "o aparato essencial para organização da atividade intelectual como um todo, incluindo a coordenação de ações inteligentes e a avaliação de seus resultados".

Luria é referido por muitos autores como aquele que primeiro descreveu o que viria depois a ser chamado de funções executivas, embora ele próprio não tenha usado esse termo. Entretanto, o conceito de FEs se desenvolveu fora das investigações neurológicas, e, ao longo da história do conceito, muitas críticas foram feitas aos que tentaram definir as funções executivas como “funções do córtex pré-frontal”.

Foi com os psicólogos cognitivos que o conceito de FEs evoluiu. A partir da revolução cognitiva na segunda metade do século XX, diversos pesquisadores estavam engajados em investigar o funcionamento cognitivo humano em tarefas complexas. O estudo da função de memória era de particular interesse para esses pesquisadores, uma vez que para resolver qualquer tarefa cognitiva é necessário o “armazenamento” de informações, seja esse armazenamento de longo ou curto prazo. Na década de 60 e 70, diversos psicólogos cognitivos como Donald Broadbent, Richard Atkinson, Richard Shiffrin, Alan Baddeley, Karalyn Patterson e Graham Hitch apresentaram seus modelos teóricos acerca do funcionamento da memória. Embora alguns conceitos centrais no estudo da memória datem do século XIX, esses autores ajudaram a consolidá-los e a formular novos conceitos dentro de teorias sistemáticas que ainda hoje são fundamentais para qualquer interessado no estudo da função de memória.


Memória de Trabalho e o Executivo Central

Baddeley e Hitch escreveram em 1974:

Foi atribuído à memória de trabalho (ou memória de curto-prazo) um papel crucial no desempenho em uma ampla gama de tarefas incluindo a resolução de problemas, a compreensão da linguagem e, mais notavelmente, o aprendizado a longo prazo. Talvez a teoria mais convincente da importância central da memória de trabalho no processamento de informações seja o de Atkinson e Shiffrin, que atribuem à memória de trabalho o papel de um sistema executivo controlador responsável por coordenar e monitorar as muitas e complexas sub-rotinas de aquisição de novas informações e pela recuperação de antigas.

Foi, portanto, no estudo da memória que surgiu inicialmente a ideia de um sistema executivo, central executiva ou executivo central, um componente central no controle do processamento cognitivo durante a resolução de tarefas complexas.

Para esses autores, a memória de trabalho (ou de curto-prazo) não é apenas um lugar de armazenamento temporário de informação, mas sim um "espaço de trabalho". Toda e qualquer tarefa cognitiva humana envolve o processamento de informações, seja estas provenientes do ambiente ou da própria memória do indivíduo, e o lugar onde esse processamento ocorre é exatamente naquele espaço que os pesquisadores chamavam de memória de trabalho. A memória de trabalho passou, assim, a ser entendida não apenas como um armazenador temporário de informação, mas como um espaço ou sistema onde são mantidas e operadas informações durante a execução de tarefas cognitivas como, por exemplo, resolução de problemas, compreensão da linguagem, aprendizagem e toda forma de raciocínio.

O executivo central, de acordo com Baddeley, seria um componente “dentro” do sistema de memória de trabalho — o componente responsável pelo gerenciamento de operações com representações que ocorrem na memória de trabalho. Anos depois, em 1998, rebatendo algumas críticas a sua teoria, Baddeley advertiu que a central executiva não é um orgão ou parte do cérebro, mas um conceito científico que envolve a interação de diferentes habilidades e áreas neurais responsáveis por organizar todas as rotinas de processamento cognitivo de informação.


O Sistema Atencional Supervisor


O conceito de um executivo central, mais do que relacionado à função de armazenamento da memória, descrevia também a função de atenção como parte essencial do processamento cognitivo, uma vez que é o sistema atencional que nos permite focar em informações relevantes para determinada tarefas, alternar entre fontes de informações, atualizar informações e sustentar essas informações durante a resolução de tarefas e inibir aquelas informações irrelevantes no processo.

A interação entre os processos de memória e de atenção seria, portanto, o elemento determinante da capacidade cognitiva humana. Pesquisadores como Donald Norman e Timothy Shallice deram mais ênfase às funções atencionais do que à capacidade de armazenamento na memória ao estudarem o processamento cognitivo humano. O Sistema Atencional Supervisor descrito por estes autores contribuiu para o futuro refinamento conceitual das FEs.

A partir do estudo da memória, os psicólogos americanos Walter Schneider e Richard Shiffrin propuseram ainda na década de 70, um modelo de processamento de informação humano dividido em dois processos. Para resolvermos qualquer tarefa ao longo do nosso dia, precisamos “processar informações” para agir de forma efetiva. Segundo Schneider e Shiffrin, diferentes tarefas têm demandas diferentes, e, de acordo com a necessidade, esse processamento pode se dar de duas maneiras: uma automática e outra controlada.


Processamento automático X Processamento controlado


O processamento automático (hábito) é a ativação de uma sequencia já aprendida, armazenada na memória de longo-prazo, que é inicializada por inputs apropriados e então segue automaticamente, sem controle do sujeito, sem sobrecarregar a capacidade do sistema cognitivo e sem necessariamente demandar atenção.

Diferente do processamento automático, o processamento controlado é a ativação temporária de uma sequência de elementos que precisa ser mediada por um sistema de controle, que requer atenção e regulação e que têm capacidade de processamento limitada. O processamento controlado, seria, portanto, aquele que futuramente viria a ser descrito como mediado pelas FEs.

Dois tipos de processamento cognitivo na resolução de problemas - automático e controlado


Mas por que necessitamos de dois tipos de processamento cognitivo?

Como apresentado no início do texto, nosso cérebro evita gastar energia e tarefas habituais são resolvidas apenas repetindo padrões automáticos gravados em nossa memória, sem o recrutamento de habilidades cognitivas complexas. Mas quando nos deparamos com problemas novos e complexos, o processamento cognitivo automático não dá conta de solucionar o problema.

O processamento controlado é o processamento de mais alto nível que nos ajuda a resolver tarefas complexas, porém seu funcionamento é um tanto mais lento e tem um custo energético maior, uma vez que demanda a ativação conjunta de diversos componentes cognitivos para otimizar o desempenho na resolução de tarefas. Seria inviável, biologicamente falando, que a rede neural de processamento cognitivo controlado estivesse ativada o tempo todo. Portanto, apenas em situações novas e complexas, o processamento controlado é ativado recrutando as funções cognitivas de alto nível. Mas, à medida que a situação se torna familiar e rotineira, sempre demandando a mesma sequência de operações, o processamento automático evolui, e a demanda cognitiva será aliviada, diminuindo os custos energéticos do processo.

Assim, o modelo de dois-processos, um controlado e outro automático, permite o organismo fazer uso eficiente da capacidade limitada do sistema de processamento cognitivo. O sistema de processamento automático permite que o sistema controlado esteja livre para novas tarefas, em situações para as quais operações automáticas ainda não foram desenvolvidas.

A ideia de um processamento controlado na resolução de tarefas novas e complexas e a ideia de um componente executivo central dentro desse processamento, que comanda e gerencia o funcionamento cognitivo de maneira coordenada, agregou uma visão centralizada dos processos cognitivos complexos que abriu caminho para o conceito de funções executivas.


O atual conceito de Funções Executivas


O termo funções executivas, como tem sido hoje empregado, foi introduzido pelo neuropsicólogo americano Muriel D. Lezak em 1982. Para ele, FEs dizem respeito às habilidades de formular metas, planejar e executar planos de maneira eficaz, que são essenciais para comportamentos autônomos, criativos e socialmente construtivos. A conceitualização oferecida por Lezak foi determinante para a popularização do termo. De acordo com o autor, o comprometimento ou a perda dessas funções comprometeria a capacidade de uma pessoa de manter uma vida independente, construtiva e produtiva, independentemente de quão bem ela possa ver e ouvir, andar e falar e realizar tarefas.

Lezak não estava restrito ao estudo da memória. Seu conceito de FEs era bem mais amplo englobando o conjunto de funções cognitivas, e sua descrição dos componentes executivos dizia respeito mais às etapas de resolução de uma tarefa do que aos elementos estruturais dentro de um sistema cognitivo. Assim, seu modelo apresentava quatro categorias de habilidades executivas: (1) habilidades necessárias para formular metas, (2) habilidades envolvidas no planejamento de estratégias, (3) habilidades de colocar essas estratégias em prática, (4) habilidades necessárias para ter sucesso na resolução de tarefas (monitorar os resultados e corrigir se necessário).

Nas últimas décadas, a partir do modelo apresentado por Lezak, uma variedade de definições foram propostas, mas em geral, o conceito de FEs tem sido entendido como um constructo dentro do nível de análise psicológico, sem referência obrigatória à circuitaria neurológica envolvido.

Uma questão central no debate é, sendo as FEs entendidas como um “conjunto de habilidades”, quais são essas habilidades que devem ser incluídas dentro dessa categoria? Ao longo dos anos, diferentes modelos com respostas variadas para essa questão foram propostos. Revisões de literatura apontam que mais de 30 diferentes definições já foram propostas para o conceito.


O modelo de Miyake e o modelo de Diamond


Em anos recentes, dentre diversas definições apresentadas, a do psicólogo Akira Miyake e colegas tem tido grande aceitação pelo público. Miyake revisou os estudos da área e descreveu as três habilidades mais comumente postuladas na literatura como essenciais para o processamento cognitivo controlado: shifting (flexibilidade ou alternância), updating (atualização) e inhibition (inibição).

Shifting, que pode ser entendido como flexibilidade cognitiva, é a habilidade de alternar entre diferentes operações ou estados mentais. Também é referida como “atenção alternada”, a capacidade de manter o foco nas informações úteis para a resolução de uma tarefa, alternando esse foco entre diferentes informações quando necessário, ou ainda alternar entre diferentes estratégias para resolução de uma tarefa.

Updating, ou atualização, diz respeito à manutenção e monitoramente de representações mentais durante uma atividade. A habilidade está intimamente ligada à noção de “memória de trabalho” (assim como nos estudos iniciais da década de 70). Processos de atualização requer a revisão dos itens armazenados na memória de curto-prazo, substituindo informações antigas, que não são mais relevantes, por informações mais recentes e relevantes para resolução daquela tarefa. Para os pesquisadores, updating é mais do que simplesmente manter informações relevantes na memória, mas sim "manipular ativamente informações relevantes", ao invés de armazená-las passivamente.

Inhibition (inibição, no português) diz respeito a habilidade de intencionalmente inibir respostas automáticas e dominantes quando necessário. Pode ser mais claramente entendida como a habilidade de "auto-controle".

Mais recentemente, outra descrição das FEs amplamente divulgada foi aquela apresentada pela neurocientista cognitiva Adele Diamond. A descrição de Diamond, de 2013, é bastante similar a apresentada por Miyake e colegas, diferindo principalmente nos nomes usados para se referir às habilidades. Ela mantém o termo inibição (ou controle inibitório), mas prefere o termo “memória operacional (ou de trabalho)” no lugar de updating, e “flexibilidade cognitiva” ao invés de shifiting.

Para Diamond, essas FEs principais são a base para funções executivas de ordem superior, que são: o raciocínio, o planejamento e a resolução de problemas.

Diferente do modelo apresentado inicialmente por Lezak, a literatura contemporânea sobre FEs focam mais nas habilidades cognitivas em si do que nas etapas para resolução de tarefas.

Hoje, ainda não há consenso na definição do conceito. E, se o termo sequer foi claramente definido, outras questões são ainda mais confusas, e estão longe de alcançar respostas precisas: “como se desenvolvem ?”, “como avaliar as funções executivas?”, “é possível treiná-las?”, “qual impacto no sucesso acadêmico ou profissional das pessoas?”. Embora ainda não haja consenso, pesquisadores da área têm formulado descrições cada vez mais próximas sobre o que são as funções executivas, e respostas para essas questões vêm se tornando mais fáceis de serem investigadas.

  

A importância das Funções Executivas


As FEs estão no coração de toda atividade humana inteligente, socialmente relevante, construtiva e criativa, e são responsáveis pelos desempenhos de mais alto nível de nossa espécie, incluindo aprendizagem escolar e sucesso acadêmico, regulação emocional, autocontrole e interação social. É graças às FEs que nós humanos nos tornamos quem somos, pois elas nos permitem agir com estratégias flexíveis ao invés de simplesmente reagir por impulsos e instintos.

Fazer uso das FEs gasta muita energia. Mas as FEs são um mecanismo funcional que tem um propósito evolutivo: esse custo é compensado pelo sucesso da nossa espécie em resolver problemas, se adaptar a mudanças do ambiente, ajustar nosso comportamento e sobreviver!


Ao longo de décadas de pesquisa, pesquisadores têm mostrado que pessoas com disfunções ou pobres funções executivas são caracterizadas por apresentar impulsividade, incapacidade de focar ou manter a atenção em tarefas penosas, reduzida memória de trabalho, dificuldade em monitorar e regular o comportamento, são desorganizadas, têm dificuldade em produzir e implementar ou alternar estratégias e falham em aprender com os erros.

Falhas nas FEs também estão associadas a prejuízos no comportamento moral — isso porque esses pacientes ignoram as regras e convenções sociais e têm dificuldade para avaliar as consequências de suas ações. Como resultado, esses pacientes apresentam pobres habilidades sociais e experienciam dificuldades em manter relacionamentos sociais saudáveis. Em um contexto cultural, esses comportamentos podem ser considerados desviantes. Estas características de dificuldade de aprendizagem e de comportamento desviante podem estar presentes em indivíduos com diferentes transtornos — como, por exemplo, TDAH, TOD, Deficiência Intelectual e TEA — ou em pacientes que sofreram alguma lesão neurológica.

Nos últimos anos, parte da pesquisa em FEs tem se orientado para a investigação de como essas habilidades se desenvolvem na infância e como podemos intervir para compensar ou estimular essas habilidades em contexto clínico ou escolar. A partir dessas pesquisas, programas educacionais e de reabilitação têm sido desenvolvidos com o objetivo de recuperar ou prevenir prejuízos no desempenho escolar, social e profissional.


Referências:


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